MATÉRIAS

segunda-feira, 16 de julho de 2018

ARTIGO ESCRITO POR FATIMA ZIEGLER.

Para compartilhar mantenha os créditos com o nome.


MERCADO DEVASTADO.

Nos trinta anos da minha carreira, comecei, recentemente, a comparar as mudanças que ocorreram no mercado de Eventos Sociais.

Sinceramente, eu não consigo compreender as destrutivas alterações entre o certo, o errado e o absurdo.

Comecei na ocasião que atuavam grandes profissionais como a renomada e clássica Cerimonialista Helena Brito Cunha, entre diversos outros brilhantes profissionais que trabalhavam com requinte, respeito e protocolo, sem sair da linha da ética.

Lembro-me quando eu dei os primeiros passos, sem saber nada sobre o assunto, mas com muita garra de aprender com os melhores.

Uma amiga perguntou se eu gostaria de conhecer o trabalho da querida profissional Eni Camanho.

Parece que ainda estou vendo tudo diante dos meus olhos.

A beleza das pratarias, entre as mesas postas para o jantar à francesa, tudo estava lindo e dentro de um ambiente envolvido com as belas toalhas em organdi – engomadas e bordadas – jogos de luzes perfeitos, enfim, era um conto de fadas, um cenário para ser guardado por toda a vida.

Eni Camanho, sempre trabalhou com muito requinte.

Todos que me conhecem, sabem que eu não faço produção de eventos, nasci para ser Cerimonialista, e foi para isso que estudei muito, dentro e fora do país.

Sou muito feliz com a carreira escolhida e com o caminho que hoje percorro, transmitindo conhecimentos, falando sobre os erros, os acertos e tudo aquilo que eu tanto precisava aprender quando eu comecei, mas que não existiam Cursos.

Hoje, comparando as mudanças, fico desapontada com que é oferecido e executado a preço de chuchu (barato e sem graça).

Lamento que o nosso ofício tenha se tornado um bico, tendo como especialistas pessoas sem a menor condição para exercer o “mínimo” que a profissão requer.

O poder das redes sociais é tornar poderoso o que nada vale.

As mentiras diante dos falsos talentos são enormes, assumindo fotos e trabalhos de quem tem talento.

Não tem como o cliente avaliar as flechas lançadas. Só depois que são envenenados por elas é que se dão conta do prejuízo e da ruína dos sonhos.

E aí? Será tarde demais.

Leio comentários.

Vejo fotos.

Observo os detalhes dos trabalhos realizados, e posso afirmar que é uma vergonha.

O que tanto me surpreende, é que são exatamente as pessoas (não são poucas) que não têm um trabalho correto (quando falo em correto não falo em luxo) que adoram dar “palpites grosseiros” nas redes sociais.

A intromissão deve ser analisada antes de ser postada, pois é a sua imagem que está em jogo.

Ninguém é autorizado a se intrometer sem ser solicitado. A sugestão positiva é bem-vinda, mas a negativa deverá ser guardada dentro da sua caixinha.

Quanto à qualidade da linguagem verbal, posso acentuar que está em desuso.

Terminando o meu raciocínio a respeito de um mercado desconstruído, acrescento a péssima postura das equipes, assim como: Alguns Cerimonialistas entrando com a Noiva.

Os uniformes desencontrados.

Os profissionais bebendo nos eventos com o registro de fotografias.

Dançando a melodia da “boquinha da garrafa” exatamente no meio da pista de dança.

Vou ficar por aqui para que sobrem mais assuntos para outro artigo.

Quanta saudade de um tempo em que ser profissional era compreender o mérito de todos!

Fátima Ziegler Ziegler Dore
Professora de Protocolo Etiqueta e Postura
Professora de Cerimonial.
Professora de Marketing Pessoal.
#fatimaziegleradoromeutrabalho

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