MATÉRIAS

sábado, 28 de fevereiro de 2015


CERIMONIAL MILITAR


Foi com muita honra que participei da Posse do Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira.



Emoção e um privilégio ver um querido amigo alcançar uma posição grandiosa como essa para orgulho da TURMA ESPERANÇA.

Seguiu brilhantemente todos os passos do seu querido pai.

Com muita emoção que participamos desse momento em Brasília, na sexta feira, dia 06 de Fevereiro de 2015.

No ano passado ele me chamou a atenção quando, em Brasília, o chamei de "Senhor", ele riu e falou que estava estranhando eu o tratar dessa forma pela nossa amizade.

Agora estou com uma tremenda saia justa e já avisei que terei que chamá-lo de Senhor. Ele já soube disso, sorriu e falou: "Fatima não tem jeito".

Estou muito feliz com esse momento.

Parabéns Almirante Leal Ferreira. 

Parabéns Turma Esperança.

Sorriso lindo e muitas condecorações em seu peito.


Fatima Ziegler ao lado do atual Ministro da Marinha Leal Ferreira



Como foi...

Centenas de civis e militares marcaram presença no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília para presenciar esse momento tão aguardado pela Turma Esperança.


Como todos os Eventos Militares, começou pontualmente com a abertura do Mestre de Cerimônias anunciando a chegada dos Almirantes de Esquadra, com o som do tradicional apito.

Os toques de apitos estão grupados, por tipos, em toques de: Continência e Cerimonial.

Presentes: Ministro da Defesa Doutor Jaques Wagner, Almirante de Esquadra Moura Neto (que passou o Comando) Almirante de Esquadra Leal Ferreira (que recebeu o Comando) em posição para a execução do Hino Nacional.


Após o Hino Nacional o silêncio toma conta da solenidade.

A postura e o correto comportamento usado após a execução do Hino Nacional.

Logo após...

Discurso de despedida do Almirante de 
Esquadra Moura Neto

MINISTÉRIO DA DEFESA MARINHA DO BRASIL BRASÍLIA, DF. 
Em 6 de fevereiro de 2015. 
ORDEM DO DIA Nº 2/2015 

Assunto: Passagem do Cargo de Comandante da Marinha

A Marinha do Brasil se engalana, mais uma vez, no ensejo da passagem do cargo de seu Comandante, tradicional evento que sublinha a característica de renovação, com continuidade, que marca e garante a condução exitosa da Instituição. É uma ocasião de muito simbolismo, quando a Força, unida e coesa, prepara-se para levar aquele que a chefiou até o patim superior da escada de portaló, para as honras de despedidas. Do mesmo modo, tem o cerimonial pronto para receber o seu substituto e o conduzir ao passadiço, dele aguardando as ordens de leme e de máquinas. Esta solenidade tem, para mim, um profundo significado por duas razões primordiais. A primeira, em face de estar transmitindo o Comando da Marinha, que representou o mais importante período de minha carreira; e a segunda, por estar deixando, após quase cinquenta e seis anos, vividos intensa e apaixonadamente, o Serviço Ativo. É um momento único, no qual, ao olhar a esteira pela popa, uma onda de lembranças toma conta da minha memória, traduzindo-se em fortes emoções e sentimentos muito caros, que me fazem recordar da camaradagem granjeada nas diversas Praças D´Armas; das atividades operativas nos passadiços e centros de informações de combate; e dos ensinamentos colhidos, fruto do convívio com superiores, pares e subordinados. 
(...)
As recordações são pungentes e fazem relembrar os idos de 1959, quando cheguei à Angra dos Reis, para ingressar no Colégio Naval. Naquela oportunidade, com apenas dezesseis anos, não poderia antever que estaria principiando uma duradoura trajetória e que seria, dentre aqueles rapazes, que viriam a constituir a Turma Mendes, o que atingiria o posto máximo da nossa querida e digna carreira. Assim, por ser sabedor que chegaria a hora de não mais usar os uniformes que venho envergando com orgulho e devoção, desde aquela época, é com espírito sereno e pronto para o futuro, que enfrento esse instante, já bastante próximo. Agradeço a minha mãe LOURENÇA, pelos permanentes carinho, dedicação e afeição, e pela incansável torcida por novos triunfos. Presto uma homenagem aos já ausentes, meu pai CLAUDIO e meu irmão, Aspirante MOURA, este que partiu cedo demais, mas que, certamente, se aqui estivessem, estariam muito felizes por verem encerrar mais essa fase do meu extenso percurso; - a minha esposa SHEILA, companheira de mais de quarenta e seis anos de casamento, de modo especial, pelo amor, pela cumplicidade, por estar sempre ao meu lado e pelo esforço notável e pioneiro à frente das Voluntárias Cisne Branco que, além dos trabalhos de cunho social, reforçou, em muito, os laços de união entre as mulheres da Família Naval. Faço a você a promessa de uma maior disponibilidade; - a meus filhos CLAUDIO, FERNANDO E EDUARDO, dos quais tenho muito orgulho, pela superação do que decerto sofreram com as muitas ausências, geradas pela intensa vida profissional; às minhas noras; e aos netos LUANA, PEDRO, MIGUEL e JÚLIA, pelas afetuosidade, pureza e meiguice, que têm trazido uma nova dimensão às nossas vidas; e - aos familiares e amigos, que sempre acompanharam os meus passos, pelas manifestações de carinho e companheirismo; e - por fim, elevo meu pensamento a Deus, reconhecendo sua permanente proteção e dádivas concedidas. Ao encerrar a última pernada da prazeirosa viagem a bordo da Marinha, completo a atracação ao cais e autorizo “dobrar a amarração e passar a prancha para terra”. Ao término da faina, e assim que o meu pavilhão for arriado, terá chegado o momento de desembarcar, não sem antes transferir o timão às firmes e competentes mãos do novo Comandante. 

Prezado amigo, Almirante LEAL FERREIRA! Dentro de poucos minutos, Vossa Excelência será o timoneiro de uma Instituição secular, dotada de peculiar cultura organizacional, formada por motivados homens e mulheres que juraram “defender a Pátria com o sacrifício da própria vida, se preciso for” e que estão prontos para receber e atender suas ordens e orientações. Certamente, eles estarão ao seu lado quando o mar se tornar encapelado e lhe darão respaldo quando for manobrar para ganhar barlavento. Fruto de suas experiência de vida e bagagem profissional, aliadas a uma maneira afável de proceder, não resta dúvida que saberá conduzí-los a um destino promissor. Assim, desejo que Deus o ilumine em todas as suas decisões, além de abençoá-lo com alegrias e realizações, votos estes extensivos às suas estimadas mãe, Dona LYGIA, e esposa, CHRISTIANI, e família. “SINALEIRO! IÇAR A FLÂMULA DE FIM DE COMISSÃO” ! “GERAL DE COMANDO: MANOBRA COM O ALMIRANTE LEAL FERREIRA” ! VIVA A MARINHA! VIVA O BRASIL! JULIO SOARES DE MOURA NETO Almirante-de-Esquadra Comandante da Marinha


Discurso de posse do Almirante de 
Esquadra Leal Ferreira

Atual Comandante da Marinha do Brasil

 A emoção que aflora neste momento certamente só é comparável à grande responsabilidade que, com serenidade, recebo. Para quem, por 44 anos, sempre vislumbrou na Marinha uma desafiadora carreira, na qual são cultuados os princípios morais, a ética, o profissionalismo e o amor à Pátria, passar a comandá-la faz sentir-me orgulhoso e extremamente motivado. Sou, portanto, reconhecido à Presidenta da República e ao Ministro da Defesa e julgo ser um dever empenhar-me inteiramente para corresponder a este ato de confiança. Registro, honrado, a presença do Ministro, Dr. JAQUES WAGNER, presidindo a cerimônia e valho-me da oportunidade para expressar a Sua Excelência minha permanente disposição de, no trato dos assuntos da Força, trabalhar em harmonia com todos os setores do Ministério, notadamente o Estado-Maior Conjunto e a Secretaria-Geral. Faço menção especial às Forças coirmãs, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira, aqui representadas por seus Comandantes, reafirmando o desejo de racionalizar esforços, complementar capacitações e buscar soluções conjuntas para cenários e hipóteses de emprego muitas vezes de difícil previsibilidade, criados por um ambiente multifacetado e que exigirá aprimorar a interoperabilidade. Se a dimensão e complexidade do cargo que ora assumo, com o compromisso de zelar por um legado de valores e tradições centenárias, exigem permanente dedicação, concito aqueles que formam a Instituição a, irmanados, me apoiarem, para superar as dificuldades nesta singradura. A vocês, marinheiros, fuzileiros navais e servidores civis, dirijo minhas palavras iniciais de entusiasmo, otimismo e crença. Entusiasmo porque servir à Marinha foi uma escolha voluntária e fascinante de todos nós. As inúmeras e diversificadas tarefas que somos chamados a desempenhar e que exigem o máximo de cada um, nos proporcionam, em troca, insuperáveis sentimentos de realização e de vitória. Otimismo porque, frente ao enorme potencial dos homens e mulheres que passo a comandar, não há obstáculos intransponíveis. Ao enfrentá-los, reforço que a hierarquia e disciplina, princípios basilares da vida militar, devem ser respeitados integral e incondicionalmente. E Crença na enorme importância da Marinha para o Brasil e para a construção de um futuro com o qual todos almejamos. Acredito que, a par de algumas outras condições favoráveis, o poder dissuasório representado pelo preparo de nossas Forças tem sido uma das principais razões para estarmos desfrutando do mais longo período de paz de nossa história, caracterizado pelo encaminhamento diplomático das controvérsias. Vislumbro no mar e nas águas interiores um caminho de aproximação e cooperação com as demais nações e de acesso a longínquos rincões do vasto território nacional, permitindo a presença do Estado nessas regiões. Esse é nosso ambiente operacional, um grande patrimônio por zelar e defender. Ele requer uma Força Naval moderna, equilibrada e balanceada, com meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais aprestados, compatíveis com a inserção político-estratégica no cenário internacional e, em sintonia com os anseios da população brasileira, aspectos que, desde já, continuaremos a perseguir. Devemos, todos os que servimos à Marinha, lembrar-nos sempre que a sociedade, a qual faz enormes sacrifícios para manter a estrutura governamental, aí incluídas as Forças Armadas, adquire, cada vez mais, consciência que pode e deve cobrar da administração pública padrões elevados de desempenho. Assim, torna-se imperioso que todos as nossas Organizações Militares busquem, com inquebrantável persistência, a máxima eficiência no cumprimento de suas atribuições. Por outro lado, considero ser um dever, como Comandante da Marinha, apresentar ao Sr. Ministro da Defesa, sempre com lealdade e sinceridade, as dificuldades e necessidades da Força para bem atender o que o Brasil de nós espera. Lembremo-nos que a nós marinheiros não será dado o direito de, sob qualquer pretexto, alegar que não estamos prontos quando a Nação vier a nos convocar para garantir a salvaguarda de sua soberania e de seus interesses no mar. Sou profundamente grato, assim como toda a Força, ao Almirante-de-Esquadra JULIO SOARES DE MOURA NETO, cuja consistente atuação de quase 8 anos como nosso Comandante, proporcionou à Instituição novas dimensões estratégicas. 

Assumo o timão encontrando uma Marinha organizada, com rumos bem traçados. Não há necessidade, e este é o momento de asseverar-lhes, de mudanças no regime de máquinas ou guinadas fortes. Assim, permanecem em vigor todas as ordens emanadas de meu antecessor! 

Prezado Almirante Moura Neto! Leve com Vossa Excelência o reconhecimento pela forma dinâmica, pormenorizada, enérgica e sempre presente com que liderou sua tripulação e como conduziu os relevantes projetos que nos impulsionam. Ao presenciar seu pavilhão sendo arriado, e recebendo as honras de despedida, desejamos que o futuro reserve novos e instigantes estímulos a esse autêntico marinheiro e digno brasileiro. 

Seja muito feliz! Da mesma forma, agradeço à Sra. SHEILA, nossa querida Diretora Nacional das Voluntárias Cisne Branco. Externo, em nome da Família Naval, o reconhecimento, pelo trabalho abnegado de coordenação e integração das atividades que proporcionaram educação, cultura, entretenimento e assistência social complementares aos militares, civis e seus dependentes. Nesta significativa cerimônia, vejo presentes ex-Ministros e ex-Comandante da Marinha, que muito me distinguem ao deslocarem-se até Brasília, e cuja visão e comprometimento me servem de exemplos. Vejo também, bem próximo, neste palanque principal, meus pares do Almirantado, a quem manifesto a certeza que a amizade e o respeito mútuo desenvolvido ao longo de décadas de convivência profissional permitirão um trabalho harmônico e em equipe na alta condução da Marinha. Vejo ainda os Embaixadores acreditados no Brasil; Ministros de Estado; ex-Ministros de Estado; Ministros do Supremo Tribunal Federal; Parlamentares; Comandantes das Forças; Chefe do Estado-Maior Conjunto e Secretária-Geral do Ministério da Defesa; membros dos Alto Comandos; Ministros do Superior Tribunal Militar e de outros tribunais Superiores; Chefes Navais de ontem; Oficiais Generais; Membros do Poder Judiciário e do Ministério Público; Adidos Militares; representantes da indústria de Defesa e da comunidade marítima; soamarinos; amigos; companheiros de outras jornadas e colegas da querida Turma Esperança. Todos, aos quais não tenho a pretensão de nominar, abrilhantam a cerimônia e reforçam o valioso estímulo que tanto me ajudará. Por fim, vejo meus queridos familiares e, em seus corações, vejo o meu saudoso pai, exemplo inspirador de amor pela Marinha, integridade e humanidade. 

Ao encerrar, peço a Deus que continue a proteger a nossa Instituição, iluminando minhas decisões e conferindo-me ânimo e serenidade para bem cumprir todas minhas atribuições, bem como abençoe as nossas tripulações e guarde seus familiares quando de suas ausências para defender os interesses do País. 

VIVA A MARINHA! 

TUDO PELA PÁTRIA! 

EDUARDO BACELLAR LEAL FERREIRA
Almirante-de-Esquadra Comandante da Marinha


Desfile dos Marinheiros com a farda de 1808



Início da Recepção


Querido amigo Almirante de Esquadra Airton 



Almirante de Esquadra Ministro do Superior Tribunal Militar
Carlos Augusto





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