“CRÔNICA AO CERIMONIALISTA” – SILVIO LOBO
Quem é aquele a quem se curvam majestades, senhores de autoridade, para segredar-lhe ao ouvido?
De que força se reveste esse desconhecido, tão discreto, recostado aos cantos, atendendo sem discussão a um curto aceno?
Qual o mistério que envolve esse alguém, que autoridade não é, mas a ela orienta cumprimentos, expressões e procedimentos?
Quem é esse que com perspicácia administra gafes e descontrações, transforma simplicidade em formalidade, sem perder a importância e o respeito, cumpre e faz cumprir a hierarquia e antecipa detalhes para evitar o improviso?
Que extraordinária influência exerce esse profissional sobre os dirigentes do mundo para definir ordem de etiqueta, recepcionar e ser recepcionado, servir e ser servido, atender e ser atendido?
Que vasto conhecimento é dotado esse ser humano, para decidir estilos, selecionar qualidades e medir necessidades?
Como pode dominar quem, quando, onde e como convidar? Qual o papel a ser usado para convite, o tipo de letra, a estética, o conteúdo, a diagramação, a relação?
Esse, que tem sempre um sorriso nos lábios, alegria nos olhos, respostas rápidas e soluções precisas é o Cerimonialista. Um misto de Conselheiro e Orientador, Planejador e Executor, codificador e Normatizador, decorador e Contra Regra. È Comunicador, Pedagogo, Relações Públicas, Orador, Escritor, Poeta e Sonhador.
Ele, que conhece a precedência e os símbolos do Poder, as honrarias e privilégios, gestos e preceitos.
Ele, que domina o tratamento, fórmulas de cortesia, redação e expressão oficial, linguagem e diplomacia.
Ele, que tem o dom de captar a cultura dos povos, de dignificar reverências e refinamentos, e que assinala sobretudo a convivência entre as pessoas.
Sempre fui uma apaixonada pela Crônica ao Cerimonialista.
FATIMA ZIEGLER UMA ESTUDIOSA EM PROTOCOLO
COM MUITO ORGULHO